Lidar com a diversidade, seja ela qual for, é muito difícil para a maioria das pessoas. Mas não se pode “fechar os olhos” para ela...
Enquanto pais e educadores, temos a obrigação de orientar, desde a infância para que o indivíduo aprenda a respeitar as diferenças, pois isto tornará mais fácil a convivência social. Afinal, se queremos e pedimos tanto um mundo justo e harmonioso, temos que cumprir esta tarefa que nos é designada!
As diversas formas de preconceito são frutos da ignorância, do medo do diferente, e, consequentemente, geram a intolerância. Geralmente os pequenos acabam reproduzindo o que observam nos pais (ou em outros adultos próximos a ele), não somente a forma como eles se dirigem às pessoas do seu cotidiano, mas também a maneira como encaram seus comportamentos e atitudes...
Se em nossa família existe o preconceito, precisamos lutar contra ele, e a melhor maneira é vencer esta “ignorância” ou falta de conhecimento sobre o assunto), promovendo o diálogo. O diálogo sobre as diferenças individuais entre as pessoas é muito mais produtivo que qualquer discurso que se faça a respeito. Deixando que a criança ou o adolescente se expresse, conseguimos com que sejam expostas as dificuldades e conflitos para lidar com todas estas diferenças. Esta ação ainda produz mais conhecimento sobre o assunto, o que afasta o preconceito.
Quando na família ou na escola são transmitidos os valores de respeito às diferenças individuais, as pessoas que estão envolvidas neste processo realmente aprendem a viver!
No caso da orientação sexual, é preciso ensinar por atitudes e exemplos, que precisamos respeitar o outro da maneira como ele é, sabendo reconhecer suas qualidades.
Posso dizer que fui criada em uma família onde as diferenças individuais sempre foram respeitadas, e portanto, sempre tive o preconceito como algo “horrível”. Meu círculo de amizades sempre foi “diverso” devido a minha empatia e sociabilidade. Consequentemente, a convivência com vários tipos de pessoas, procurando entender e aceitar suas individualidades, me ajudou muito nas decisões que tive que tomar em minha vida pessoal.
Como mãe, procuro transmitir aos meus dois filhos a importância do respeito “ao diferente” e a necessidade de buscar o que as pessoas tem de melhor a nos oferecer. Mas, infelizmente, ainda temos que nos deparar com pessoas extremamente preconceituosas, que preferem “dar as costas” ao diferente a ter que compreender e aceitar o modo de vida de cada um. E isso se torna ainda mais triste quando são pessoas do vínculo familiar...
"Aquele que reconhece o valor de alguém pelas batalhas que enfrenta, e não pelo que aparenta, jamais será preconceituoso."
(Luis Carlos de Menezes)
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