Eros brincava com todas as mortais
Divertia-se com desejos carnais
Mas seu coração, sempre inalterado
Num disparo, outro ser apaixonado
Mais uma vencida pela sedução
Mais uma rendida por suas diabruras
Ah Eros, olha só a confusão!
De tanto brincar, fazer travessuras
Acabou flechando seu próprio coração...
Psiquê, a mais bela das criaturas
Virou o alvo de sua paixão
Mesmo contrariando toda razão
Sem nunca tê-lo visto, o amava
Longe de todos, viviam seu amor
Noites tórridas, cheias de ardor
A curiosidade moveu Psiquê
Instigada por suas "irmãs"
Que a visitavam pelas manhãs
E assim um plano esboçou
Para conseguir seu intento
Numa noite, o feito realizou
Conheceu a face do amado
- Quebrou minha confiança. Por quê?
Questionava Eros, decepcionado...
Dela então ele se afastou
E ela, por sua vez, definhou
Sem tê-lo sempre ao seu lado
Ele também sofria distante
Lembrando dela a cada instante
Enquanto Psiquê luta por seu amor
Os deuses se compadecem da dor
E tornam Psiquê uma imortal
Crêem tratar-se d'um amor real
Enfim, une-se ao seu amado
Depois de tudo se esclarecer
E desta união, nasce "Prazer".
----Ciça----
* Prazer é o nome da filha de Eros e Psiquê.
Imagem: escultura Eros e Psiquê
(respeite os direitos autorais mantendo os créditos)
Imagem: escultura Eros e Psiquê
(respeite os direitos autorais mantendo os créditos)
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